23 de setembro de 2010

Finalmente

Meus dias de bonança chegaram,
Finalmente meus dias de alegria!
Ouço de novo corais, carnavais, cantoria.
Meus dias viraram sinfonia!
Vejo o sol escondido brilhando,
Se foram meus dias ventos, de chuva, de banzo.
Meus dias de outono.
Cheguei aos céus, quase Deus,
Quase rei, sentado no trono.
Liberdade! Pra saudade não ter lugar.
Percebi que um adeus nunca é tarde,
Pra quem não sabe amar.
Finalmente eu volto a sorrir,
Se foram meus dias de dor.
Finalmente eu volto a viver,
Porquê você me deixou.

Recife, 18 de Setembro de 2010.

13 de setembro de 2010

Só tu, mar

Olá mar, eu vim te ver,
Vim contemplar tua imensidão, teu ar,
Teu mover esnobe ao nosso lar,
Ao nosso limiar.

Tuas águas que vem e vão,
Nosso dejetos,
Meus senãos.
Tu, mar, que desfila façanhas,
Que despeja as entranhas no teu chegar.

Olá mar, tua imensidão,
Contracenso a nossas vidas que se limitam à beira,
A molhar os pés, a tuas espumas, como as brumas,
Definindo as possibilidades do infinito.
Tão envolvente, sem fazer esforço,
Unindo, indo-e-vindo, vidas,
Apagando caminhos e pegadas.

Só tu que bronzeia, que semeia,
Que passeia pés perdidos,
Que quebra nossas barreiras na imensidão de teu infinito.
Só tu que acolhe,
Que afoga os mitos desse meu pensar.
Só tu, mar, que esconde as belezas,
As riquezas e incertezas desse navegar.

Recife, 04 de Setembro de 2010.

Renascimento na praia

Vai-e-vem e foi-se o mar.
Vento, onda, água.
Tudo vem limpar.

Recife, 03 de Setembro de 2010.