10 de janeiro de 2011

A esperança se foi

De repente um palpite de esperança reacende todo eu esquecido.
Esquecido nos sonhos bandidos,
Nos rompantes de sonhos,
Nos tragos dos travesseiros de lágrimas enxutas,
Esquecido nos meus desvios de vida.
De vidas a dois,
De estradas trilhadas,
Nos desvirtuosos caminhos percorridos pelo coração.
E basta um fio de esperança,
Uma gota, uma dose fatal - nem sequer overdose.
Só um fio de esperança é suficiente para que eu me reencontre,
Que eu me acenda de novo feliz, de novo brilhando, de novo florindo.
Que meu travesseiro me acorde de novo cantando.
Mas é um fio tão fio,
Tão ténue,
Tão frágil, de novo,
Que logo se parte,
Que logo se rompe,
Que logo se marte, longínquo.
E volto a me esquecer.

Recife, 11 de Janeiro de 2011.

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