18 de junho de 2010

Dos erros

Como seria se a vida fosse só de acertos?
Haveria lição?
Haveria perdão?
Haveria graça sem trapaça,
Sem pirraça,
Sem redimissão?
E se fosse uma estrada plana,
Um caminho só de ida,
Marcha definida,
Sem contramão?
Para que sinalização?
Cuidado!
Coração errado!
Atenção!

A graça da vida está nos erros,
Nos segredos,
Nos senãos.
Nos possíveis acertos,
No refrão.
Cair no mesmo buraco,
O mesmo bordão.

Só assim se faz o meio,
A teoria,
A definição.
Na vida só de acertos não haveria vida,
Choro,
Tesão.
Jornada sem graça,
Sem coro de lamentação.
A vida seria muda,
Morta,
Sem canção.

Que rufem os tambores, então!

Recife, 18 de Junho de 2010.

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