15 de abril de 2012

Amoreterno

Eu sempre acreditei no amor-pra-vida-toda
No felizes para sempre
Naquele amor-de-cadeira-de-balanço
Amor-de-chá-da-tarde
Doce de jaca
Naquele amor-compota
Eu sempre acreditei naquele amor-chochilo-após-o-almoço
De novela das 06
De chinelo de pano
Naquele amor-dentadura
Amor-de-casa-cheia-de-netos-no-domingo
Amor-farto-e-gordo
Naquele amor-artrose
Naquele amor-diabetes
Naquele amor-catarata
Eu sempre acreditei naquele amor-que-todo-mundo-sonha
Naquele amor-que-todo-mundo-morre
E mata
Eu sempre acreditei naquele amor-de-invejar
Naquele amor-gagá


Recife, 15 de Abril de 2012.

5 comentários:

  1. Mas você nunca terá uma amor assim...

    ResponderExcluir
  2. Eu acredito Iuri.
    Em todo esse amor meloso, brega e diabético.
    Nesse amor profundo, doce, meigo e violento.
    Nesse amor louco, desmedido e eterno.

    Esse anônimo é um desiludido, sem fé na vida e deve ser feio quisó :p

    Muito bom o post.

    ResponderExcluir
  3. Perfeito Iulinho. Ainda quero acreditar nisso tudo!!!!

    ResponderExcluir