Passeava, faceiro, nas lembranças de outrora.
Bicho faminto da goiaba,
Existente e persistente na polpa de meus sonhos.
Meu amor agora é corrida sem chegada,
É cavalgada - desnecessária largada.
É troféu de outrem e à ele concede seu ronco manso,
Seus beijos e a poesia de seu gozo.
Meu amor agora é bozo no miolo do picadeiro;
(Com direito a meia-entrada)
Meu amor é boxe;
(E eu sou seu saco de pancadas)
Passeia, meu louco amor: Prenda-me se for capaz!
Meu amor é insano, profano, fulgaz.
Quer ir pro manicómio!
Meu amor é hollywoodiano e vendeu bilhetes demais;
Foi best-seller, virou blockbuster - mas já saiu de cartaz.
E ele, protagonista,
Passeava faceiro, nas lembranças de outrora.
Meu amor é ontem, não é mais agora.
Recife, 04 de Maio de 2010.
4 de maio de 2010
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